O número de pessoas que está online neste momento pesquisando sobre algum produto ou serviço é gigantesco e até difícil de prever. No Brasil, 90% das casas têm internet, segundo relatório do IBGE. O uso constante da internet entre os adultos aumentou em 10% nos últimos anos, de acordo com a Pew Research. Por isso, o Marketing Digital é uma aposta para empresas dos mais diversos segmentos e portes.
Até porque a forma de comprar mudou radicalmente. As pessoas pesquisam na internet antes de comprar — 97% dos internautas buscam informações online antes da aquisição. Moral da história? Quem não tem uma estratégia que contemple blog, redes sociais, e-mail marketing, entre outros meios, dificilmente será lembrado ou visto.
O Marketing Digital, como você vai ver, é uma estratégia democrática. Por exemplo, ao fazer um planejamento de SEO consistente, uma empresa pequena pode se tornar tão relevante nas buscas quanto companhias maiores. A seguir, você terá uma verdadeira imersão no assunto para repensar todo o planejamento digital do seu negócio!
O que é Marketing Digital?
Marketing Digital é qualquer ação ou esforço para promover marcas, produtos e serviços por meio das mídias digitais. Por exemplo: blog, canais do YouTube, postagens nas redes sociais, campanhas de e-mail etc.
Se você parar para pensar que o Marketing sempre busca se conectar com o público-alvo no lugar certo e no momento exato e que as pessoas estão mais conectadas do que nunca, vai perceber que o Marketing Digital passa a ter uma importância estratégica fundamental para todo negócio, não importa o tamanho da companhia.
Pensando no conceito geral de Marketing, que busca entender e atender as necessidades dos clientes — muitas vezes, antes mesmo de o público saber que tem uma dor ou uma demanda específica —, observamos que as ações foram se aprimorando ao longo do tempo. Canais clássicos, como revistas, jornais e televisão, por exemplo, perderam espaço para as mídias digitais.
As pessoas passaram a ter menos paciência para ações interruptivas, como os comerciais de televisão. Sem contar que esse tipo de publicidade é mais caro e menos mensurável que o Marketing Digital.
A intenção de uma compra, na maior parte dos casos, como mostramos, começa online, olhando sites e buscando preços mais competitivos, ou mesmo vantagens de uma marca em relação a outra. É raro alguém que vai diretamente a uma loja física para fazer a aquisição. Dessa maneira, os conceitos de Marketing também evoluíram.
Dos 4 aos 8 Ps do Marketing
O Marketing tradicional trabalha com quatro pilares principais, os famosos quatro Ps, que são: produto, praça, preço e promoção. Desde que o Marketing passou a usar as mídias digitais, mais quatro Ps se juntaram a esses, como você verá a seguir.
Pessoas
Quaisquer estratégias e ações de marketing precisam ser definidas a partir de quem é o público da marca ou da solução a ser anunciada. Nesse caso, é preciso definir quem são as buyer personas, para que a estratégia fale diretamente ao seu público.
A verdade é que, quando você se comunica de maneira genérica, tentando chegar em todos, acaba falando para ninguém, e a estratégia toda se perde. Por isso, é vital descobrir quem é sua persona por meio de dados e também de entrevistas com clientes para entender por que eles compram, como são atraídos e quais são suas dores e necessidades. Quando você sabe quem é sua persona, é mais simples ter empatia e fazer uma comunicação acertada. Você pode criar as suas personas por meio do nosso modelo gratuito.
Processos
Os processos dizem respeito ao fluxo de trabalho, que deve ser bem desenhado e claro a todos da equipe para evitar qualquer tipo de ruído — por exemplo, as conversas entre marketing e vendas, que definem SLAs (Service Level Agreements) e as etapas de produção de conteúdos e ativos do Marketing Digital.
Como, muitas vezes, é o pessoal de atendimento que transmite as necessidades para o time de produção, essa conversa precisa ser muito clara, preferencialmente documentada em softwares, para que não existam refações ou o risco de o cliente ficar insatisfeito com o resultado.
Posicionamento
Até a falta de posicionamento de uma marca pode ser entendida como um tipo de posição. Por isso, é preciso considerar quem é o público e o ambiente em que ele está inserido para compreender quais são os melhores tipos de interação. Considerar os itens anteriores, pessoas e processos, ajuda a traduzir um posicionamento bem-sucedido.
A estratégia de vendas também passa por esse item. Ao entender quais serão o conceito, o preço e as vantagens da solução ou do produto, fica mais simples desenvolver as ações para atrair o público.
Performance
Uma das grandes vantagens do Marketing Digital é que ele pode ser monitorado o tempo todo, em cada uma das etapas da campanha. Para isso, é essencial estabelecer quais serão os KPIs (sigla em inglês para Key Performance Indicators), ou seja, os indicadores-chave que vão revelar o quanto a estratégia está acertada ou não.
A escolha dos KPIs corretos ajuda a medir o sucesso da estratégia como um todo. Por isso, evite métricas de vaidade ou indicadores isolados, como achar que você está tendo sucesso só pelos números crescentes de curtidas. Alguns bons indicadores são:
- leads gerados;
- custo por lead;
- assinantes da newsletter;
- número de conversões;
- ROI;
- publicações mais lidas.
Mas tudo depende do objetivo da estratégia de Marketing Digital. Para que o KPI seja eficiente, é preciso escolher dados relevantes e que possam ser mensurados — nada abstrato e que não traga dados exatos. Nós ainda vamos falar em detalhes sobre métricas neste artigo.
Por que usar o Marketing Digital?
Lembra que falamos lá no início que o Marketing Digital modificou o que conhecíamos no Marketing tradicional? Chegar a esse novo conceito foi um processo natural para atender às novas demandas que surgiram com a internet.
Nos anos 1990, vivenciamos o período conhecido como Web 1.0, com o surgimento de novas empresas em resposta à primeira onda de crescimento da internet. Surgiram os primeiros motores de busca, como o Google, e os softwares de comunicação mais acessíveis, como o ICQ.
Ou seja, na década de 1990, tivemos o nascimento da internet como conhecemos atualmente. O uso das novas ferramentas estimulou o início das vendas online, contribuindo para a criação do Marketing Digital.
Nesse início, havia poucos consumidores. Quando o primeiro anúncio clicável foi publicado, em 1993, havia apenas cerca de 130 sites. Mas o desenvolvimento de novas tecnologias impulsionou o rápido crescimento desse setor de tal forma que no fim dos anos 2000 já existiam mais de 17 milhões de sites no ar. E esse número não para de crescer.
Em meio a tantas ofertas, é difícil conseguir se destacar, não é mesmo? Quer dizer, é difícil se você não souber como usar a estratégia mais eficiente do mercado atual: o Marketing Digital. Essa nova forma de fazer Marketing apresenta muitas vantagens:
- permite maior interatividade com o público;
- facilita a obtenção, análise e mensuração dos dados;
- cria mais oportunidades de vendas para a empresa;
- direciona as ações para o perfil do consumidor;
- proporciona resultados de longo prazo.
Como montar uma estratégia de Marketing Digital eficiente
- Defina a persona
- Tenha objetivos claros
- Monte um cronograma
- Conte com uma equipe experiente
- Escolha os canais mais eficientes
Nenhum resultado robusto virá de ações aleatórias, sem alinhamento entre todos. Por isso, planejar uma estratégia de Marketing Digital é o marco zero de qualquer campanha. É a estratégia que vai apontar as necessidades e os objetivos a serem trabalhados. Acompanhe alguns pontos-chave!
1. Defina a persona
Sem a criação da buyer persona, é como se sua estratégia não tivesse um norte e, nesse caso, como ela vai chegar ao destino, certo? Ao definir uma ou mais personas, faça isso detalhadamente, como já dissemos, com dados e entrevistas.
Cada ação a partir dessa etapa precisa conversar e tocar essas pessoas. Dessa maneira, o ciclo de vendas fica mais curto e o relacionamento com os possíveis clientes passa a ser centrado em confiança, pois existe entendimento e respeito. O foco é sempre o cliente, nunca o seu produto ou a sua solução.
2. Tenha objetivos claros
Toda campanha de Marketing Digital é feita a partir de alguns objetivos. Caso contrário, você tem apenas ações aleatórias, que não vão levar sua marca às conquistas. Os objetivos podem ser melhorar a presença digital e o reconhecimento da marca, mudar o posicionamento, gerar mais leads e, consequentemente, melhorar a conversão.
A partir dessa definição é que as ações serão planejadas. Por exemplo, para quem quer conquistar mais vendas, pode apostar em uma campanha de e-mail marketing aliada a uma estratégia de redes sociais com promoções e benefícios, além da prática de links patrocinados que façam os leads se interessarem.
3. Monte um cronograma
Para que o blog tenha um ótimo resultado orgânico, é preciso trabalhar bem o SEO (Search Engine Optimization ou otimização dos mecanismos de busca). Um texto postado hoje em um blog, por exemplo, não começa a dar resultados no mesmo dia, levando um tempo para ser indexado e aparecer na busca orgânica. Assim, supondo que a ação seja para o Dia das Mães, já no começo de abril essa publicação deve entrar no ar.
O ideal é desenvolver a criação de um calendário com todas as datas a serem trabalhadas e planejar cada ação com antecedência. Dessa maneira, a sua estratégia digital não vai ser vítima de falta de tempo, ou seja, feita na correria, ficando aquém do que poderia.
4. Conte com uma equipe experiente
O time de Marketing Digital deve ter conhecimento (know-how) das diversas técnicas que fazem parte desse universo, saber usar ferramentas de automação, analisar as métricas e ser capaz de repensar as ações a partir dos resultados. Devem ser profissionais que trabalhem de forma proativa o tempo todo.
Então, nada de deixar uma campanha nas mãos de quem não entende do assunto. Se sua empresa não tiver profissionais de marketing, uma opção é terceirizar para agências específicas, que tenham os profissionais mais capacitados.
5. Escolha os canais mais eficientes
Um erro muito comum de campanhas digitais é marcar presença em vários canais ao mesmo tempo — por exemplo, blog, Facebook, Instagram, LinkedIn, YouTube e links patrocinados — sem entender, de fato, quem é o público.
Os canais devem ser escolhidos apenas depois da definição das personas, quando o time de marketing já entende onde o público está. Por exemplo, 79% dos profissionais de marketing que trabalham com negócios B2B (business-to-business) encaram o LinkedIn como uma ótima fonte para gerar leads. Por isso, redes como Instagram e Twitter podem ficar em segundo plano para que a estratégia do LinkedIn seja aperfeiçoada.
Quais são as boas táticas e os exemplos de Marketing Digital?
Os melhores profissionais de Marketing Digital têm uma visão clara de como cada campanha respalda suas metas gerais. E, dependendo dos objetivos de sua estratégia, os profissionais de marketing podem dar apoio a uma campanha maior por meio dos canais gratuitos e pagos que estão à disposição.
Um profissional de conteúdo consegue criar uma série de posts de blog que servem para gerar leads a partir de um novo e-book criado recentemente pela empresa, enquanto o analista de mídias sociais vai ajudar a promover esses posts por meio de publicações orgânicas e pagas nas contas da empresa.
Na sequência, uma campanha por e-mail envia mais informações sobre a empresa para quem baixar o e-book. Nós também falaremos mais sobre esses profissionais importantes para a estratégia. Agora, você fica com um resumo de algumas táticas de Marketing Digital mais comuns e os canais envolvidos em cada uma delas.
Otimização do mecanismo de pesquisa (SEO)
Ao fazer pesquisas, ninguém tem muito tempo de ficar olhando as diversas páginas do Google e clica logo nas primeiras posições. Por isso, a guerra pela primeira página é uma realidade. Até porque, de acordo com estudo da Search Engine People, a primeira posição ganha 33% dos cliques em oposição a 15% e 9% das segundas e terceiras, respectivamente.
Você pode vencer essa guerra ao usar o SEO como estratégia para otimizar seu site para ficar em posições mais altas, aumentando a quantidade de tráfego orgânico (ou gratuito) que seu site recebe. Canais que se beneficiam do SEO são:
- sites;
- blogs;
- infográficos.
São diversas regras de SEO que merecem atenção e que o Google, principal buscador, exige para ranquear bem. Também é importante se atentar para as constantes atualizações do Google. Abaixo, você vê alguns cuidados básicos:
- os textos precisam ser relevantes, bem trabalhados e originais — 1890 palavras é o tamanho médio das publicações que ocupam a primeira posição;
- as palavras-chave são essenciais para que os textos sejam encontrados pela persona;
- a escrita deve ser natural, com uso de sinônimos e intertítulos que facilitem a busca por voz (como perguntas, principalmente);
- a escaneabilidade do texto conta muito. Por isso, aposte em parágrafos pequenos e imagens.
Marketing de Conteúdo
Esse termo denota a criação e a promoção de ativos de conteúdo com o objetivo de gerar consciência de marca, crescimento do tráfego, leads e clientes. O Marketing de Conteúdo é um dos pilares do Inbound Marketing, estratégia que permite a construção de um relacionamento de confiança com o público, sem ser invasivo. São canais que podem participar da sua estratégia de Marketing de Conteúdo:
- posts para blog;
- e-books e whitepapers;
- infográficos;
- folhetos e lookbooks online.
Marketing de redes sociais
Essa prática promove sua marca e seu conteúdo nos canais de rede social para aumentar a consciência de marca, direcionar tráfego e gerar leads para sua empresa. Canais que você pode usar no marketing de rede social:
- Facebook;
- Twitter;
- LinkedIn;
- Instagram;
- TikTok;
- Pinterest;
- ClubHouse.
As redes sociais mudam o tempo todo e as pessoas migram de uma para a outra — é imprescindível acompanhar esses movimentos para não perder mercado. Por exemplo, o Snapchat teve seu boom com o público mais jovem em 2015. Atualmente, o app que permite a criação de microvídeos, TikTok, já ultrapassou 1 bilhão de instalações, e tem apelo forte com adolescentes.
Para quem tem negócios B2C (business-to-consumer), o Instagram é uma rede que merece atenção: mensalmente, 35% dos usuários compram na plataforma, e o alcance potencial de publicidade do Instagram stories é de 996 milhões de usuários.
Marketing de mídia social
Muitas pessoas confundem mídia social com rede social. Enquanto as redes sociais englobam os canais que falamos no tópico anterior (Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, TikTok, Pinterest, ClubHouse e outros que sigam essa linha de interação), fazem parte da mídia social os meios de comunicação que permitem a interação com o público e o compartilhamento de conteúdos entre os usuários.
A mídia social inclui canais como blogs, microblogs, redes sociais de conteúdos (como YouTube) e até e-mail. Então, o marketing de mídia social promove produtos, marcas e serviços por meio dessas plataformas.
PPC (Pay-Per-Click)
PPC é um método para direcionar tráfego para seu site, pagando ao publisher toda vez que seu anúncio for clicado. Um dos tipos mais comuns de PPC é o Google Ads, que permite que você pague pelos melhores espaços nas páginas de resultados do mecanismo de pesquisa do Google a um preço por clique nos links que você coloca.
O interessante dessa tática é apostar na segmentação para atrair leads mais maduros e facilitar a conversão. Outros canais onde você pode usar PPC são:
- anúncios pagos no Facebook;
- tweets promovidos no Twitter;
- mensagens patrocinadas no LinkedIn.
Marketing de afiliados
Trata-se de um tipo de publicidade baseada em desempenho, no qual você recebe comissão pela promoção de produtos ou serviços de outra empresa no seu site. Na prática, é uma ótima alternativa para quem deseja trabalhar com vendas na internet, além de ser uma ferramenta que ajuda a aumentar a divulgação dos produtos. São exemplos de canais de marketing de afiliados:
- hospedar anúncios em vídeo por meio do Programa de Parcerias do YouTube;
- publicar links de afiliados usando suas contas de mídia social.
Publicidade nativa
A publicidade nativa consiste em anúncios que são principalmente orientados por conteúdo e apresentados em uma plataforma ao lado de outros conteúdos não pagos. É como se o anúncio fosse realmente “nativo” da página em que se encontra, com as mesmas características das demais publicações do canal.
Um exemplo é quando uma marca encomenda um post em um site de notícias. Supondo que você tenha uma marca de cosméticos, pode encomendar uma matéria em um site de notícias específico que vai aparecer junto das outras notícias.
Muitas pessoas também consideram “nativa” a publicidade em mídias sociais, como a publicidade no Facebook e no Instagram.
Automação de marketing
O Marketing Digital conta com muitas tarefas repetitivas e cansativas, como nutrição de leads, envio de newsletter, criação de landing pages, atualização de novos contatos, lead scoring etc. Assim, a automação de marketing refere-se ao software que serve para automatizar as operações básicas e que acabam tomando muito tempo da equipe.
Quando se aposta na ferramenta de automação, os times ganham mais tempo para focar na estratégia em si, analisando resultados e otimizando a campanha. São algumas possibilidades da automação:
- informativos por e-mail;
- programação de posts de mídia social;
- atualização de lista de contatos;
- fluxos de trabalho de estímulo de leads;
- acompanhamento e relatórios de campanhas;
- planejamento de e-mail marketing;análise dos anúncios online;
- personalização da experiência do cliente.
Fonte: Hubspot